sexta-feira, 1 de abril de 2011

CONCORDATAS

Rasgo teus versos, que fiz.
Acho números e datas
Perco-me em noites viradas,
Concordatas que o silêncio tem.
Abro casas, janelas, portas,
Minha cabeça, minha alma!
Procurando onde desaguar,
Abrandar os zumbidos da noite.

Rasgo tuas fotos que ris
São suas parcas cores
Num labirinto de dores
Caminhos cinzentos, gris!

As rugas que se tornam
Invisíveis quanto à dor
É revés da palavra amor.
Sem enfeites que as formam

A desordem no que sinto
Vem do peso que o olho ver
Sem a estesia de te ter
Nos poemas, quando minto.

Idas e vindas na noite
É um ato sem glória
Um hospício à memória
Como fuga pro açoite
(Dja Vasconcelos)

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