domingo, 24 de outubro de 2010

Alma cansada

O amor se foi
E me deixou assim
Com um recibo a pagar.
O amor me eletrocuta
Quando lembro de esquecê-lo.
O amor me põe na roda
Desloca-me da linha reta
Se vai sem olhar pra traz.
Ponho algemas nas duas mãos
Do amor que foi.Isso é prisão!
A vida nada em direção ao nada
Quando ele vai, se esvai pelos vãos!
Um copo vazio de alegria
Enche a alma de olheiras
Nas noites eternas sem dias.
O amor matou a saudade de mim!
Matou meu cigarro, companheiro,
Matou um gole de gim,
Matou minha idéia concreta,
Matou meu cantar,
Matou meu jeito de olhar,
Matou todo o meu jardim.
O amor é uma peça, companheiro, sem fim.

(Dja Vasconcelos)

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