domingo, 24 de outubro de 2010

MERGULHO

MERGULHO
De outro vértice veio o amor
Sem desespero e só
Algazarras nenhuma silencioso
Desfez a razão calmamente
De andar compassado
E determinado caminho
Deitou-se na cama da casa
De vão aberto
Guardou todas as suas roupas
Sapatos toalhas...
Observando com olhar
Profundo a excitação provocada
Desalinhando os últimos
Rumores do não-desejo
Bordando sobre a alma
Flores de aroma volátil e forte
E cores carmins
Chamou a vertigem para conversar
Abriu a janela do precipício
Azulado mirantânico libertário
E não impediu seu pulo
Assim veio o amor

(Dja Vasconcelos)

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