domingo, 24 de outubro de 2010

Plástico

Freqüento lugarejos que estão em mim
E vou mumificando os atos de separação
Erguendo manifestações ditadas
Pela imperfeição do humano
A raiva e seus inquilinos
Degradam a face tranqüila do sorriso
Almejando um outro sorriso sem graça
De estampas desenhadas pelo arbitrário

Há distancia entre mão e agir
Há fantasias entre ter e possuir
Reprimir e desejo
onde
Movimentos podem levar a exaustão

Assim é a razão que nos contém
Deflagrando o limite do ser

Há palavras
entre perfeição e razão

Para cobrir essa distância
Manifestada no consciente
devemos perambular pelo semblante
coletivo
Gotejando dia após dia
as desculpas desiguais
Como lençóis ao erro
Sem transparência nenhuma
Amargamente implícita
No cotidiano dos lugarejos

(Dja Vasconcelos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário